domingo, 27 de abril de 2014

Cure - Seventeen Seconds (1980)

A fase obscura do Cure é simplesmente o que eles fizeram de melhor e mais original. Seventeen Seconds é o segundo disco da banda e já lançam um clássico. Considero a sonoridade bem diferente do disco anterior o Three imaginary boys, a estrutura minimalista das músicas, o uso constante do flanger, dão ao som uma ambiência e corpo únicos. Na época os membros da banda sabiam que faziam um som novo, não por acaso na época eram chamados de "o novo Joy Division". Confesso que o disco me pegou durante uma madrugada. A música é uma experiência estética e por isso as sensações são importantes para sentir melhor a sonoridade. Não há muito o que falar de algo que já é bem consagrado.

sábado, 26 de abril de 2014

Click - Wampum (1983)

The Click é uma banda originária de Lincoln, Nebraska. Pra quem não sabe isso quer dizer que eles são de uma cidade nem grande nem pequena no meio dos EUA. Me chama a atenção para a sonoridade que eles faziam, a guitarra faz sua sonoridade simples, a bateria é bem marcada, e o destaque fica por conta do contra-baixo, por vezes sintetizado. Fiquei impressionado com a originalidade da banda, que apesar de fazer algo que era a linha underground da época, consegue criar algo relativamente original. Minhas faixas favoritas são Elephant e Wednesday's Volume. Este é o EP que encontrei deles, há algumas outras coisas perdidas por ai, até mesmo alguns clipes publicados no youtube, e até parece que recentemente a banda fez algum revival

Traga a bóia!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pulp - It (1983)

Pulp é uma banda clássica, mas ao mesmo tempo misteriosa. Possui uma rotatividade grande de músicos e de estilos, apesar de manter uma mesma linha "indie" sempre. Confesso que conheço bem pouco sobre a banda, e para dizer a verdade o único álbum que conheço a fundo é o It, disco de estréia da banda. A sonoridade do disco é bem particular, por mais que não seja um disco de música "folk", o uso constante do violão ao longo do disco acaba remetendo a este estilo. É uma música bem na linha: tomando café e lendo livros num domingo chuvoso. Temos canções como in many ways ou love, love, que são uma fofura e dão vontade de sair pulando por ai em campos floridos. Essa capa minimalista é uma beleza. Disco para momentos de paz e calma.

domingo, 13 de abril de 2014

Beach Fossils - What a Pleasure (2011)

Definitivamente a sonoridade atmosférica e sombria dos anos 80 me encanta, mas não são muitas bandas que conseguem fazer este tipo de som com propriedade, Beach Fossil é uma dessas bandas. Suas canções parecem querer te absorver e te levar para algum lugar tranquilo. As guitarras ecoam longe ao longo do disco. Acabei descobrindo o som numa discotecagem, achei tão bom que fui obrigado a perguntar que som que era, e bem, não me arrependi de nada. Para começar a conversa sobre Beach Fossils, deixo este EP lançado em 2011 pelo novaiorquinos.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Brian Eno - Here come the warm jets (1974)

A música não seria a mesma coisa sem a presença de Brian Eno. Nos últimos tempos comecei a prestar mais atenção no que ele fez e anda fazendo. Bowie não teria gravado a fase Berlim com tanta qualidade sem a presença de Eno, quem sabe Bowie não teria inovado para além de Ziggy Stadust. Suposições é claro, não levam a nada. De fato, Brian Eno ainda participava da genial banda Roxy Music quando se lançou em aventuras solo. Há um disco anterior a Here come the warm jets, mas ele é experimental num nível muito particular e quem sabe ouço ele decentemente e posto aqui. O que me chama atenção é que este disco é experimental, Eno está claramente buscando novos rumos para a música, ainda um tanto tímido e mais longe da música ambiente, da qual parece ser o papa. Vale colocar que ele não é o criador da música ambiente e isto ainda merece uma postagem.

O que vale a pena no disco é a qualidade das músicas. Tendo como importante colaborador Robert Fripp, membro fundador do King Crimson, as músicas curtas e as guitarras marcantes nos deixam hipnotizados. Além de toda a repetição hipnotizante que eu adoro, a melodia marca sua presença. Destaque especial para Needles in Camel's eyes e Babys on Fire, presentes na trilha sonora de Velvet Goldmine. Todas as outras faixas são ótimas.