terça-feira, 25 de outubro de 2016

Brian Eno with Daniel Lanois & Roger Eno - Apollo: Atmospheres and Soundtracks (1983)

A ideia do disco é ser uma trilha sonora para um documentário sobre as missões apollo. O disco é numa linha de ambiente fácil de ser ouvido, pois as músicas são curtas e mais atmosféricas do que temos no disco de música de aeroporto do Brian Eno. Ando escutando bastante música ambiente, e em especial Brian Eno. O Disco apollo é sempre bem quisto no caso de dúvidas e na busca de algo mais fácil e prático de ouvir. O uso de guitarras tem alguma presença aqui, algo que também encontramos nas participações com Robert Fripp, mas soam diferentes.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Alice Coltrane - The Ptah, El Daoud (1970)

Não saber até pouco tempo atrás quem foi Alice Coltrane, me envergonha. Como é de se imaginar, ela foi esposa de John Coltrane. Mas o que me surpreendeu não é esta associação - esse costume de reduzir mulheres à com quem são casadas. O que surpreendeu é sua música. Construída entre o jazz e ritmos tradicionais (em especial indianos, até pela sua conversão ao hinduismo em 1970), sua sonoridade é algo único. A potência da música é para tomar conta do ambiente. Sua oscilação entre o piano e a harpa, que pensei em princípio seria algo estranho, compõe execuções bem particulares. Tudo isto é produzido por um quarteto, que por vezes oscilam seus instrumentos, tal qual Alice Coltrane faz em Blue Nile, onde te leva para descer o Nilo, ora tocando piano, ora harpa. A faixa Turiya & Ramakrishna é o grande destaque. Em resumo uma música entorpecedora.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Iggy Pop - Post Pop Depression (2016)

Este disco flerta bastante com uma certa alta da música pós-punk-depressiva-noir. A estética é esta o disco todo, e a referência é clara ao lermos uma das faixas chamas german days, nos remetendo as andanas de Pop por Berlim. Não estamos falando de obra-prima, e acredito que Iggy Pop já produziu as obras primas que uma pessoa na terra poderia produzir. Ainda assim o disco é bem consistente, apresenta faixas que valem a pena serem ouvidas muito mais do que uma única vez, como é o caso da minha favorita Gardenia. O fato de contar com um músico experiente como Joshua Homme, mais famoso por sua atuação junto ao Queens of stone age colabora bastante. Suas guitarras não são óbvias, e vão para além da pegada garageira que lhe deixou famoso. O que digo de Joshua Homme é que ele conseguiu ir além daquilo que o consagrou, palmas para ele. E Iggy Pop conseguiu produzir um disco sintonizado, bem acabado e bom de ser ouvido, mais palmas. Lembrando que uma banda não é nada sem a totalidade de seus integrantes, as palmas não podem faltar para Dean Ferita e Matt Helders.