sexta-feira, 6 de maio de 2016

John Williams - The Baroque Album (1988)

Tempos atrás descobri um instrumento lindo chamado "Viola Barroca", muito comum no período barroco, porém pouco comum hoje em dia. Atrás de músicas em viola barroca encontrei este disco que nada mais são do que músicas barrocas executas em um violão clássico convencional. Confesso, que para um leigo como eu, barroco era a base de cravo e orgão (Bach?). Mas, como podemos deduzir pela viola citada acima, houveram inúmeras composições para esta família das cordas. O disco é muito bonito e bem executado, além de ser um material não tão fácil de encontrar¹. As músicas são de compositores consagrados dentro da música barroca. Confesso que o disco gera um efeito de música ambiente muito facilmente, o que imagino esteja diretamente conectado ao fato de boa parte destes músicos serem da corte, e por isso suas composições deveriam servir mais para pano de fundo, do que para serem propriamente apreciadas. Nada disto apaga sua beleza. Por fim, cabe falar de John Williams, o executor do disco. Primeiro que há dois John Williams, um é o famoso maestro de Hollywood, que dentre seus trabalhos temos a trilha sonora de Star Wars, e durante algum tempo acreditei que este disco era dele. Com mais pesquisa, descobri que existe um australiano chamado John Williams que é algo como o melhor violonista clássico do mundo, este é o músico do disco.



1 - Por sinal, se alguém tiver gravações de música erudita em viola caipira ou barroca, ficaria muito agradecido :)

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dr Dre - The Chronic (1992)

Dr. Dre é o cara daqueles fones da beats, e atualmente é bem famoso pelo seu êxito financeiro no mercado musical. Já sabia que o rapaz mandava ver devido a seu trabalho no NWA, e o quão importante o grupo fora para transformar o Rap. Este disco é um marco do rap dos anos 1990 e não sei como demorei tanto tempo para chegar nele e, acabar só o ouvindo agora depois de assistir o filme sobre o NWA. O que há de mais notável neste disco é a capacidade sintética para com o rap dos anos 90, já que cunha parâmetros (me parece) ainda não foram abandonados. Em larga medida, e digo baseado no que aparece no filme Dope (2015), depois dos 1990's haveria um certo limbo, que ao mesmo tempo que consolida o Rap enquanto o grande gênero Pop, este perde sua capacidade de diálogo para além da ostentação e hedonismo, bem como uma potência de ruptura estética tão clara quanto a que ocorria em discos como este. Que fique claro, não choremos por genialidades perdidas no passado, isso é um conservadorismo dos mais avinagrados (se já não bastasse o conservadorismo por si só). Ainda me pergunto como demorei tanto tempo para chegar aqui. Escutemos o disco.

ChuteNoCÜ!