sábado, 31 de agosto de 2013

Buzzcocks - Singles Going Steady (1979)

 Buzzcocks foi uma revelação para mim. Gostava muito do punk, mas me parecia que o normal era que seguissem uma tendência cada vez mais agressiva (a exemplo de GBH), o que pessoalmente me desagradava. Gostava desse som meio bubblegum, melódicosinho porém sem ser coxinha ao extremo. Uma boa medida era Buzzcocks. Sentimentais, porém não chorosos. Suas letras falam das angústias adolescentes, algo que fazia bastante sentido para mim naqueles anos. Ainda hoje tenho minhas dúvidas de até onde é realmente sério o conteúdo das letras, até porque o nome da banda é de caráter bem cômico. Este disco no caso é uma compilação de singles lançado em 1979. Um baita disco para começar a ouvir Buzzcocks, ou para continuar ouvindo.


domingo, 25 de agosto de 2013

Idoli - Maljciki (1980)

Vis Idoli, os ídolos em sérvio. Conheci a banda por meio de um vídeo aleatório de Maljciki. O clipe é bem simples, porém fiquei apaixonado por ser bem elaborado. Retratam ali a dualidade, que imagino, vivam os iugoslávos, algo meio cortina de ferro, algo meio sonho americano (devido a antiga Iugoslávia ser socialista, porém extremamente aberta e tinham os EUA como maior parceiro). Essa referência ao realismo soviético e as mesclas de cultura americana no clipe são impagáveis afinal. De qualquer forma a música deles é bem curiosa. O rock produzido na antiga Iugoslávia é curioso em si. Há coisas terríveis, porém existem algumas pérolas magnificas. E como sempre há em maior ou menor escala um uso dos ritmos tradicionais balcânicos.
 Caso queira ver o citado clipe de "Maljciki", clique aqui.

 Mais informações!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pavement - Slated & Enchanted (1992)

 Dos vários discos do Pavement, seu albúm de estréia é de longe meu favorito. O resto do seu trabalho depois deste disco é legal, mas para mim não chega nem perto do que é este disco. Seu som é bem diferente do que vejo depois. As guitarras são mais selvagens, e o som bem mais experimental. Em termos da época em que foi lançado este disco simplesmente é demais. Segue sim a onda da época, mas é um cadinho especial em relação a boa parte do que vinha sendo produzido nos começos de 1990.

sábado, 10 de agosto de 2013

Sweet 75 - Sweet 75 (1997)

Sempre tive interesse pelos trabalhos do Krist Novoselic além do Nirvana. Já tinha escutado alguma coisa, e parece que o trabalho é vasto. Numa destas empreitadas na busca de material do exótico baixista do Nirvana encontrei Sweet 75. Parece que Krist encontrou a vocalista nas ruas. Ela é uma garota de rua venezuelana que estava vivendo nos EUA. Admito que esta garota foi um grande achado de Krist Novoselic. Os vocais são bons. Apesar do disco se caracterizar pelo rock, assim mesmo, de forma genérica, caminhando e mesclando vários elementos, minha canção favorita é "Cantos de Pilon", a mais étnica de todas. Música boa, mas já aviso que longe de ser excelente. A banda acabou em 2000.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Planet Hemp - Os cães ladram mas a caravana não pára (1997)

 Talvez hoje em dia possa parecer bizarro, mas quando este disco saiu ele foi fundamental para mim. Minha irmã que estava começando a se ligar em som, acabou correndo atrás e conseguiu comprar um cd deles e levar para casa. Como ainda éramos muito pirralhos ouvir este disco era algo para ser feito escondido, quando nossos pais não estavam em casa. Complicado crianças ouvirem "queimando tudo" na frente de seus pais. Havia essa empolgação toda, alguns amigos na escola também tinham irmãos mais velhos e escutavam Planet Hemp também. Era, para mim, algo como uma definição de "legal" quem ouvia ou não Planet Hemp. Hoje em dia vejo que a banda foi muito mais do que algo proibido e que falava de muito mais do que sobre maconha, tema sempre polêmico. Percebo agora que eles tratam de outros assuntos, e que o tema da maconha era apenas o que chamava mais atenção. As letras tem um conteúdo muito bom, falando desde a música até problemas da nossa sociedade (muitos ainda enfrentados, a exemplo de uma polícia corrupta ou a criminalização da maconha). Além disso o som da banda é muito bom, fazem aquele caminho comum, mas difícil, da "mistureba", manifesto antropofágico puro, caminhando entre vários ritmos do underground e de ótima qualidade. Este disco com toda certeza é um clássico e na minha opinião o melhor da banda. Sem falar que eles já estavam por dentro do esquema das gravadoras alternativas e festivais, apesar de falarmos muito hoje sobre isso devido a importante alternativa que isto tudo representa para a grandes gravadoras (inimigas mortais do download pela internet), tal esquema gravadoras laternativas/festivais, já faziam bastante barulho nos anos 1990 - DIY.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Elis Regina - Falso Brilhante (1976)

A indústria da música é algo interessante, sacana, mas interessante. Há uma coisa que me interessa, que é a capacidade dos estúdios em agruparem músicos de altíssima qualidade e como, a partir deles, conseguem montar bandas ótimas, fora da velha história dos amigos que gostam de tocar. Elis Regina talvez seja o nome mais famoso em termos de MPB. Custei um tempo para perceber que a Elis está muito mais para interprete do que "músico" mesmo. Ela não cria suas canções, mas interpreta as composições de outros autores. Verdade seja dita, fica bom, e não só isso, fica diferente. Elis Regina cantando uma música é Elis Regina cantando. Isso talvez seja uma boa para entendermos um pouco mais sobre essa questão do direito autoral.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dinossaur Jr - You're Living all Over me (1987)

Dinossaur Jr é uma dessas bandas clássicas dentro do underground. O som deles é bem garageiro, porém com bons toques melódicos. Na boa escola do Buzzcocks. Sou pouco aprofundado na banda, mas este disco, por sinal o primeiro que conheci, é ótimo, escuto-o até hoje. Sempre rola algo dos pequenos dinossauros no meu mp3. Se você gosta deste som underground, que não se encontra fácil por ai, que te ajuda a fazer amigos na vida, deixo este disco lindo para ouvirem.