sábado, 30 de novembro de 2013

Amanaz - Africa (1975)

Definitivamente o continente africano guarda muitas surpresas. Nos últimos tempos com a fama que o Criolo ganhou, algumas pessoas mais atentas perceberam que Fela Kuti é uma influência clara. Mais do que influência, é um baita som, criando o Afrobeat. Apesar de Amanaz ser uma banda da Zâmbia, seu som não é Afrobeat, apesar de estar ali o groove, estão bem na linha do rock'n'roll mesmo. Óbvio que seu rock não é o mesmo que o que vinha sendo produzido no eixo USA-UK, mas isso não importa, já que o som é de qualidade. Sua música é tranquila e muito confortável aos ouvidos, I'm very far não sai da minha cabeça, e pouco me incomoda que esteja ali. Gosto de imaginar este disco num daqueles dias tranquilos em que podemos aproveitar a brisa de uma árvore. O continente africano realmente produziu coisas ótimas (há blogues por ai sobre o assunto) que valem a pena ser conferidas. Muita coisa se perdeu devido a condições de armazenamento, muita umidade e óbvio, guerras que nada mais fazem do que devastar tudo que há pela frente.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Spacemen 3 - Sound of Confusion (1986)

Spacemen 3 não me parece uma banda muito conhecida no Brasil. Entatanto não é nenhum achado do baú. Como foi postado o som da banda Pin Ups, lembrei que o som do Spacemen 3 inaugura muita coisa que se pode escutar principalmente no Time will burn. A banda inglesa me parece definir bem o som do que seria este ressurgimento da psicodelia após o pós-punk - My Bloody valentine, Happy Mondays, Jesus & Marychain talvez sejam as bandas mais cotadas deste movimento. Apesar do caráter psicodélico, não espere aquele som já previsível (e lindo) da parte mais famosa de Pink Floyd que esta muito mais para o progressivo do que para psicodelia. A parte psicodélica que me interessa é a da piração de bandas como 13th Floor Elevators, os primeiros discos do Pink Floyd (que acho mais pirados, e mais "difíceis"), os primeiros discos dos Mutantes, Erkin Koray e o uso de fuzz. Chamo de psicodelia de garagem (por ser uma psicodelia que dá para dançar). A banda causou certo alvoroço quando defendeu o uso recreativo de drogas. O mais incrível é que dá para sentir um cadinho de Stooges ali. Aproveite!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Pin Ups - Lee Marvin (1997)

Pin Ups é constantemente indicada como uma das bandas mais importantes do underground brasileiro dos anos 1990. O fantástico é a qualidade do som da banda, totalmente ligada na cena gringa que vinha rolando (leia-se: Inglaterra & Estados Unidos). Não devendo em nada para o que vinha sendo produzido lá fora. Pessoalmente gosto mais do Lee Marvin do que do time will burn, os dois únicos discos que conheço da banda (se tiver mais alguma coisa, posta ai). Neste disco em especial, o vocalista original abandona a banda pra se dedicar a sua família, nem chegando a participar do show de lançamento, por isso os vocais são revezados e a baixista Alê começa a cantar. Se você se interessa pela movimentação do underground de 1990 (onde Planet Hemp e Naçao Zumbi são os expoentes maiores), vale a pena ouvir Pin Ups e ficar imaginando como eram os festivais que rolavam, que eu, na época uma inocente criança, via alguma coisa quando minha irmã e primo (mais velhos) trocavam do cartoon network para a mtv na casa do meu avô, já que eu não tinha tv a cabo.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Happy Mondays - Bummed (1988)

Esta capa é bonitona, gosto muito dela. Happy Mondays não foi uma paixão de cara, têm muito preconceito com eles pelo fato de terem sido os caras que afundaram a Factory. Além disso seu som não é tão triste quanto Joy Division ou New Order, o que pode decepcionar um pouco no começo. Percebo no som deles uma mistura forte, a guitarra frenética, o baixo ritmado no funk, bateria epilética e teclados psicodélicos. O vocal não acho grandes coisas, mas não é nenhum fim de mundo também.

sábado, 16 de novembro de 2013

Chapterhouse - Whirlpool (1991)

Chapterhouse parece ser uma daquelas bandas fatásticas que não deram certo, ou seja, não ficaram famosas. Isso não reduz em nada a qualidade das músicas. O som da banda é um shoegazing de primeira, a faixa de abertura, Breathe, é uma maravilha de linda. Como toda vez que eu ouvia essa música perto de alguém me perguntavam "que som é esse?", imagino que mais gente do que eu vai achar este disco coisa fina. Achei-os um pouco mais pop do que o MBV. Na real, pra mim o shoegazing não passa de um pop barulhento.

sábado, 9 de novembro de 2013

The Field - Looping State of Mind (2011)

Não julgue um disco pela capa. Apesar disso gosto das capas e elas fazem parte de 80% ou 98% do meu julgamento inicial sobre o disco - ou seja, antes de escutar ele. Field é nada mais do que "música eletrônica". Não entendo nada disso e não sei te diferenciar nada nessa área, mas gosto de ouvir mais do que o "tunts tunts" barato que rola na baladas mundo a fora. Ocorre que este disco chegou até mim (dica: verifiquem os torents) e gostei cara, é legal, mesmo não sendo uma obra prima (e nem tudo na vida o será). Pesquisando agora para o post, parece que este álbum ficou entre os melhores de 2011, bem, isso só comprova o quão atrasado eu chego nas novidades. Também pouco me importo com elas.

Aspidistra - Grip 7 (1991)

Aspidistra não parece ser uma banda famosa, só ouvi falar desse disco que encontrei certo dia por acaso num blogue que desde os temerosos dias do SOPA e PIPA não existe mais. A banda é na linha Shoegazin e Noise dos anos 1990. São só duas músicas no EP. O Som é relaxante, tem aquilo que chamo de um "mar de guitarras".

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ananda Shankar - Ananda Shankar (1970)

Definitivamente não tenho ideia de quantas pessoas da família Shankar estão envolvidas com música, mas enquanto eu folhava o famoso 1001 discos acabei me deparando com Ananda Shankar. Parece que Jimi Hendrix o encontrou por Nova York e pirou no som da Sitar. Ananda fazia seu som de forma muito peculiar e Hendrix buscava novos sons, assim sendo o lendário guitarrista resolveu convidar Shankar para ir ao estúdio gravar alguma coisa com ele que misturasse a sitar com a guitarra e a música indiana com o rock. Parece que o encontro não deu muito certo e o resultado foi que os dois saíram do estúdio brigados. Shankar decarou que Jimi queria acabar com sua sonoridade. Mas o indiano não desistiu e seguiu em frente! Pegou o que já havia gravado, regravou e gravou dentro da medida do necessário e por fim lançou um disco incrível que mistura de forma belíssima o rock com a música tradicional indiana. O resultado é um som que é chapação pura, se light my fire já é relaxante, a versão com sitar é mais ainda. Apesar de ser um disco de rock a sitar é o foco das músicas. É a primeira vez que consegui ouvir algo como jumping jack flash soando muito bem numa sitar (quantas vezes não imaginei algo parecido!). Bem, aproveitem, escutem, pirem, dancem e relaxem.

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