Colin Potter é um sujeito lendário. É uma dessas figuras que você nunca ouviu falar, e dificilmente ouvirá de novo, mas ele é uma espécie de lenda dentro do universo underground de fitas k7 caseiras de música eletrônica industrial. Seu domínio sobre o som é incrível, não por acaso ele é também um engenheiro de som. Esta fita em particular conseguiu me desconcertar de uma maneira única como fazia algum tempo não me desconcertava (o que ultimamente só vem ocorrendo quando escuto coisas puxadas para o eletrônico). Já conhecia outro trabalho seu, o Here, mas ele não gerou aquela pegada. Sua música não é algo que tocaria numa festa, não numa festa comum pelo menos. É um tipo de música para ouvir sozinho e de preferência de dia (acredito muito em clima pra música). Este é um trabalho fundamental para mim, uma referência, além do desenho da capa que achei apaixonante, esses contornos de desenhos técnicos, esse modernismo tão bem mostrado pelo Joy Division. Sem falar que é o trocadalho do carilho o nome do albúm.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
Killing Chainsaw - Slim Fast Formula (1994)
Já faz algum tempo que eu venho defendendo a cena alternativa brasileira em relação a mainstream no quesito musical. Parece que após um surto nos anos 1980, o rock brasileiro entra numa decadência... discussões a parte sobre a qualidade do cenário nacional, é uma constatação sincera minha afirmar que é no dito cenário underground brasileiro que as melhores bandas surgem. Apesar de galgarem as rádios nos anos 1990, bandas como Raimundos, Planet Hemp e Nação Zumbi, para citar as mais famosas, são geradas em circuitos independentes. Desse circuito independente (alternativo, underground... como quiser) o grande nome foi sem dúvidas Pin Ups. Quando pesquisei coisas sobre o Pin Ups para postar aqui no blogue, me deparei com Killing Chainsaw (motosserra matadora?), que foi uma grande promessa e como podemos constatar tinha todo potencial para suprir os anseios sobre ela. Mas segundo uma série de fatores (desde pessoais até de "gravadoras") a banda acabou... Este parece ser um dos poucos materiais gravados com boa qualidade sonora - confesso não ter escutado os outros discos. Seu som é marcado aqui pelo peso das duas guitarras, uma bateria ativa e um baixo bem marcado. Uma dificuldade é classificar a banda, pois percebemos a pegada do grunge, a barulheira do shoegazing, e um peso, bem de leve, de metal, mas acho forçado enquadrar a banda em qualquer um dos estilos descritos acima. Uma característica são as letras em inglês, algo muito comum na época, nem que seja no nome da banda - alguém ai falou do Planet Hemp? Talvez por eu ser uma criança, ou pela nostalgia com o passado, os anos 1990 tinham uma efervescência ótima de bandas brasileiras, Killing Chainsaw é uma dessas bandas ótimas que passaram por aqui.
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