Logo no começo de carreira Neil Young lançou aqueles discos maravilhosos, everybody knows this is nowhere, after gold rush, harvest, que são de longe os discos mais significativos e comentados do músico. Apesar deste seu disco de estréia entrar em listagens mais longas do período, é usual que ele fique de fora, a meu ver, não por ser um disco ruim, pelo contrário, nele já podemos ouvir toda a qualidade daquilo que vêm pela frente, mas talvez, por ainda não ser tão maduro (como sempre se busca justificar as coisas) ele não chega a ser uma das obras primas gravadas em seguida. Justiça seja feita, creio que é um disco até melhor que alguns outros que aparecem mais tarde na carreira do sujeito em questão, e que este disco mereceria mais espaço, por isso o coloco aqui. Confesso que escuto o disco e fico imaginando aquelas cidades norte-americanas que ficam justamente no interior do país (como parece ser o caso de Winnipeg, cidade onde Young se criou), e por isso essa fusão com a música country. Pelo que suspeito, essa rapaziada dos anos 60 estava numa vibe de buscar as raízes, retomar o contato com a terra e essas coisas que já ouvimos falar em algum lugar, creio que é dai que os músicos começam a incorporar elementos destas músicas de raiz de seus respectivos países (temos Mogollar, Erkin Koray, Mutantes, Fela Kuti, e toda uma galera que circulava nessa temporalidade. Curioso pensar sobre isso.
ChuteNoCÜ!
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