Chet Baker é definitivamente um dos maiores jazzistas, e mesmo sem ouvir nada de jazz você já ouvi falar dele, ou já escutou alguma vez my funny valentine (que foi por ele imortalizada). Curioso que Baker teve uma carreira conturbada, fazendo sucesso rápido e jovem, logo começa aquele típico caminho para a decadência de deixar muito roqueiro no chinelo. É nesse clima de decadência que ele acaba indo para Itália, onde lançou uma série de materiais medianos, porém este disco é um material acima da média, segundo a jazz times, bem acima da média - e eu concordo. Um disco praticamente tão bom quanto o Chet Baker Sings, apesar da sonoridade e proposta bem distintas. Gosto que o uso do trompete (e as vezes da flugelhorn) são de uma suavidade maravilhosa! É isto que encanta em Chet Baker, e faz com que você possa ouvir músicas e mais músicas. Não por acaso, sua imagem durante muito tempo foi associada a alguma coisa como um James Dean do jazz, rapazinho bonito e sedutor, sua música é assim mesmo.
obs: o catálogo de Chet Baker é algo absurdo, e este disco foi originalmente lançado como Chet is Back em 1962, para em 1990 ser relançado como Italian sessions. Como o arquivo estava assim nomeado, mas a data das gravações é de 1962 preferi ir por este raciocínio.